sábado, 7 de dezembro de 2013

Açúcar x Saúde Pública

"A cada ano, mais de 3,17 milhões de pessoas no mundo todo morrem de doenças causadas direta ou indiretamente pelo consumo excessivo de açúcar refinado", diz pesquisa recente feita pela Universidade de Harvard e publicada na revista Lancet. O que mais assusta é que esse número tende a crescer anualmente em razão do desenvolvimento da indústria de alimentos.

O açúcar refinado é item fundamental da cesta básica do brasileiro, consumida em grande parte pelas mesmas famílias de baixa renda que dominam o ranking da aquisição de medicamentos para diabetes e doenças cardiovasculares através do SUS. Apesar do crescente número de vítimas da alimentação rica em sacarose, inserida em nossa cultura desde a infância, a educação nutricional na área de prevenção não é interessante para a indústria alimentar e farmacêutica, motivo maior pelo qual fracassamos cada vez mais na tentativa de reduzir a incidência de doenças crônicas na população mundial.


Dentre os problemas causados pelo seu consumo frequente, estão os mais simples - cárie dentária, irritação da mucosa intestinal, excreção de cálcio e magnésio, aumento da gordura visceral, destruição das bactérias benéficas ao intestino, acidificação do sangue, depressão do sistema imunológico, dependência, compulsão alimentar e alteração do equilíbrio hormonal - até as doenças mais graves como diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, lesões no fígado e cânceres (especialmente de mama e colorretal).

O que boa parte das pessoas desconhece é que a sacarose atua de forma semelhante a outras drogas no cérebro, agindo no sistema nervoso central, onde causa a sensação de bem-estar responsável pelo vício e pela compulsão por doces. Estudos sobre a atividade dessa substância na química cerebral convencem cada vez mais autores e estudiosos da área a considerá-la uma droga lícita, cujo consumo é sustentado pelos interesses capitalistas de grandes empresas. 

Como consumidores, estamos sempre sujeitos a comprar produtos que levam o famoso açúcar disfarçado, tais como molhos, embutidos, sucos e iogurtes rotulados como naturais, salgadinhos, pães, torradas, dentre outros, o que torna o consumo ainda maior. É aí que se encontra a importância da educação nutricional e do saber sobre os alimentos, que garante à população o direito à qualidade de vida do período fetal até a idade adulta. 

Um comentário:

  1. isabela, acho q no caso de atletas em geral, o acucar nao chegaca ser o vilao, como se prega. perigosos tb sao os adocantes. ja li estudos em q quem usou acucar emagreceu mais q quem usou adocantes, devido à compulsao-hiperfagia- q o adocante causa. o di pasqualli no Dieta Metabolica tb fala sobre isso.. bjjj

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