domingo, 24 de abril de 2011

The primal blueprint: Parte 1

Todos aqui devem saber o quanto é difícil mudar o saber popular. Não é diferente na nutrição. Apesar de ser uma ciência dinâmica baseada especialmente na prática, as pessoas ainda preferem tratá-la como saber popular e acreditar nos livros velhos de fisiologia. Os atletas em especial têm a necessidade de testar novas práticas alimentares visando à melhora do seu desempenho, afinal, sabe-se que uma tática eficiente, superior e singular aliada à boa aceitação pelo organismo pode promover melhoras estéticas e até mesmo fazer um campeão nos palcos. Estas medidas, por sua vez, muitas vezes também são úteis para não-atletas, podendo ser aplicadas com sucesso até mesmo em pessoas que não fazem atividade física. Dois grandes exemplos práticos disto são a dieta metabólica e o jejum intermitente, cuja adesão tem sido grande nos últimos anos, e os casos de sucesso vêm aumentando.

Diante disto, venho hoje falar sobre novas práticas preconizadas por Mark Sisson no seu livro “The Primal Blueprint”. Esta espécie de dieta veio ao conhecimento do brasileiro através do termo “vida primitiva” e ainda é pouco conhecida. Hoje, no entanto, recebi um email contendo alguns tópicos relativos a ela e tive a oportunidade de pesquisar, superficialmente o modo de vida alimentar inspirado nos hábitos do homem primitivo.



Acredito que um dos grandes erros da nutrição “comum” é estabelecer como base da pirâmide alimentar os carboidratos. Por mais que trabalhemos com carboidratos integrais, estamos, ainda assim, trabalhando diretamente com o metabolismo da insulina e permitindo que o período de saciedade, por conta do seu pico, seja menor. A meu ver, prescrever uma dieta composta por 60% de carboidratos diante da epidemia de diabetes que estamos vivendo nos dias de hoje é extremamente incoerente.

A pirâmide alimentar divulgada por Sisson tem na sua base os vegetais e frutas, preferencialmente orgânicos, seguidos por proteínas (carne, ovos, peixes), óleos e sementes e, por fim, no topo da pirâmide, especiarias, ervas e suplementos.  Perceba que os grãos são banidos totalmente da composição da pirâmide. Segundo Mark, eles são desnecessários. Por conter muito mais carboidratos que as hortaliças, os grãos, quando consumidos em altas quantidades, levam ao excesso da produção de insulina e armazenamento de gordura e, desta forma, são facilitadores do desenvolvimento de cardiopatias. São alergênicos e imunossupressores (reduzem a capacidade de defesa do organismo), e, por meio do excesso de fibras, podem perturbar o sistema digestivo. Tudo isto já foi, inclusive, comprovado por diversos estudos.

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